Motoristas de ônibus: Abordagem Ergonômica

 

 

 

Cézar Carlos BALTAZAR

Evanira Rodrigues MAIA

Francisca Jeane Sidrin de FIGUEIREDO

Balbina Raquel de B. CORREIA

Samuell Aquino HOLANDA

 

Motoristas de Ônibus Urbanos e intermunicipais do Triângulo Crajubar: Uma Abordagem Ergonômica

 

 

 

 

 

Resumo

 

 

O presente estudo tem por objetivo avaliar as condições de trabalho dos motoristas de transporte coletivo urbano e intermunicipal do Triângulo Crajubar, identificando e delimitando as disfunções do sistema de produção concernentes as condições ergonômicas. Analisando os dados coletados foi identificado um índice considerável de ocorrência de problemas de saúde, como doenças renais e dores lombares, o que indica uma situação relevante, que portanto, requer atitudes destas empresas em relação a melhorias das condições de trabalho com prioridade voltadas para ações  ergonômicas  e, assim, possibilitar maior conforto/bem-estar e, principalmente, prevenir e/ou eliminar o surgimento de doenças ocupacionais.

 

Palavras-chave: Ergonomia, Motoristas de ônibus, Saúde do Trabalhador.

 

 

 

Introdução

 

Com o intuito de propiciar uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador, devido a evolução dos processos produtivos e o aumento de patalogias ocupacionais provenientes das diversas atividades, foi criada, em conformidade entre a sociedade, o empresariado e o governo, a Norma Regulamentadora NR-17, entre outras, aprovada pela portaria n° 3.214, de 8 de junho de 1978, tendo por objetivo proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho como também, a avaliação da adaptação das condições de trabalho (BRASIL, 2005).

As condições de trabalho devem ser consideradas, para efeitos ergonômicos, adequadas as particularidades das atividades desenvolvidas no ambiente de trabalho, para cada posto de trabalho em específico, sendo as posturas do corpo dependentes das exigências, físicas e psicológicas, feitas pela atividade, considerando os objetivos do trabalho.

Algumas pesquisas com motoristas de ônibus urbano demonstraram os relatos de funcionários sobre sinais de dor, fraqueza nos membros superiores e coluna vertebral, dores de cabeça e irritação (NASCIMENTO, 2007; MILOSEVIC, 1997). Mulders et al (1982) apud Nascimento (2007) observou, através de amostras independentes de motoristas, que o “estresse e a agressividade eram devido às tensões, estado de alerta e concentração elevada durante o trabalho”.

Em conformação com a abrangência ergonômica, o estudo em tela analisa o posto de trabalho de motoristas de transportes coletivos urbano e intermunicipais, em sua rota de trabalho, no Triângulo Crajubar,(constituido pelas cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha), na busca em compreender as condições de trabalho destes funcionários. Com a perspectiva de  contribuir para a melhoria do ambiente de trabalho, conforto e bem-estar dos trabalhadores, e com o aumento da produtividade.

 

 

 

Marco teórico

 

O homem apresenta mecanismos de adaptação em relação a suas atividades e utilização de máquinas para realização das tarefas. O organismo humano possui um ritmo circadiano (derivado do latim, circa dies que significa “cerca de um dia”), e é representado por oscilações em quase todas as funções fisiológicas do homem com um ciclo aproximado de 24 horas. Este ciclo está relacionado ao nível de alerta e desempenho, o que influencia diretamente em seu trabalho, definindo os horários que o organismo estará mais apto para o trabalho. Além do ciclo circadiano, a monotonia, a fadiga e a motivação também estão entre os fatores humanos que influenciam no trabalho. Segundo Iida (1990, p. 280) “monotonia é a reação do organismo a um ambiente uniforme, pobre em estímulos ou para variação de excitações”.

Posturas inadequadas (desvios posturais corporais), esforços repetitivos e tarefas que exigem esforços intensos podem provocar doenças de caráter ocupacional como a cifoescoliose, Lesões por Esforços Repetitivos - (LER/DORT) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, retificação do pescoço, além de patologias concernentes ao ambiente (IIDA, 1990).

Além dos aspectos fisiológicos, em ergonomia é crucial a avaliação dos fatores psicológicos, no que concerne aos processos cognitivos. De acordo com Braghirolli et al (1990, p. 103), “a abordagem cognitiva (...) se propõe a levar em consideração o que se ‘passa na cabeça’ do organismo que se comporta (...) um estabelecimento automático de conexões estímulo-resposta (...)”.

Rasmussem apud Fialho e Santos( 1995) afirma que as abordagens do trabalho humano sob o ponto de vista dos processos cognitivos englobam a detecção da informação, discriminação da informação, tratamento da informação, tomada de decisão e ação sobre os controles e comandos do sistema de produção.

A ergonomia cognitiva está ligada à subjetividade do trabalhador, sua percepção, transmissão e processamento de informações. Bouyer e Costa (2006) colocam que “a forma como o trabalhador vivencia, ou experimenta, subjetivamente, o conteúdo da tarefa e a carga de trabalho (física, psíquica e cognitiva), é única e varia não conforme o próprio conteúdo objetivo da tarefa, mas sim conforme a experiência interna (consciência, intencionalidade e vivência de estados mentais particulares) do individuo que trabalha”.

No que confere a ergonomia no ambiente do trânsito, Rozestraten (2007), em seu estudo “Ergonomia no Trânsito”, discute as características ergonômicas específicas do trânsito relacionadas ao trabalho. De acordo com o autor “O ambiente de um condutor de veículos está constantemente em mudança, surgindo sempre novas situações às quais ele deve reagir”, um motorista precisa conhecer e observar uma série de regras e cuja não observação pode ter conseqüências desastrosas, pois os riscos de acidentes são constantes, levando a ocorrência de lesões ou até mesmo óbitos. A complexidade do processo de execução da atividade exige um elevado nível de atenção, uma vez que se deve considerar comportamentos errados e/ou imprevisíveis dos outros que estejam na mesma via de tráfego, sendo necessária uma resposta rápida e adequada dentro das normas da direção defensiva.

Com relação ao motorista de ônibus, aparecem exigências inerentes a sua função, sendo as principais  segundo Nascimento (2007):

  • Mentais;
  • Sensoriais (visuais e auditivas): cuidados com o veículo, atenção ao trânsito, atenção às paradas (pontos de ônibus), observar os limites de velocidade, atenção aos passageiros; atenção aos sinais do cobrados, controle das manobras do veículo, cumprir horário e itinerário estabelecidos;
  • Exigências físicas: coordenação dos movimentos de membros superiores e inferiores, precisão na realização das ações em relação aos mostradores e controles do ônibus, manutenção da postura correta (sentado), adaptação ao espaço de sua atividade, controle do estresse (causados pela temperatura, ruído, trânsito passageiros);
  • Exigências Ambientais: pressão sonora e vibrações, limitação da postura (espaço), agentes tóxicos, agentes térmicos (calor), luminosidade externa e interna.

 

 

Método

Este estudo se deu por meio de uma pesquisa de caráter exploratória-descritiva com ênfase na abordagem quanto-qualitativa.  A opção por essa abordagem justifica-se pela forma como a pesquisa se aproxima do objeto de estudo. O estudo foi realizado com motoristas de ônibus de duas empresas de transporte coletivo, únicas atuando na região com rotas urbana e intermunicipal, que se situam no triângulo Crajubar da região do Cariri, centro sul do estado do Ceará.

A amostra do estudo foi construída por cálculos que representam a realidade populacional do quadro de motoristas em atividade nas empresas no período em que a pesquisa foi realizada, (de janeiro a abril de 2007), que realize atividade de motorista no Triângulo Crajubar.

Em virtude da população em estudo constituir de um número elevado, aproximadamente 250 motoristas na região, foi analisado uma amostragem de 15% deste total. O levantamento dos dados para a análise foi coletado por meio de observações realizadas durante o período da pesquisa em postos de trabalho previamente selecionados, objetivando o contato com as diversas situações comuns a esse tipo de atividade. Utilizamos ainda, a entrevista semi-estruturada para identificar o perfil dos profissionais participantes do estudo e aspectos de ordem quantitativa e qualitativa.

Os dados coletados foram agrupados e organizados em categorias de acordo com as áreas em que se enquadre na adequação ergonômica do posto de trabalho. Os resultados apresentados foram discutidos e analisados de acordo com as literaturas relevantes, para que dessa forma os resultados tenham contribuição para a adequação e/ou melhorias significativas na qualidade de vida dos funcionários que desempenham atividades nos postos de trabalho estudados.

 

Resultados e discussões

 

Ao analisar as variáveis pessoais, observa-se que há predominância de profissionais da classe masculina (100%). A idade predominante dos participantes situa-se entre 30 e 55 anos, 82,5% da população. Com relação ao nível de escolaridade, os profissionais possuem 2º grau completo, nível mínimo exigido pelas empresas.

As jornadas de trabalho são de 07h e 20min diários distribuidas em dois turnos, sendo a maioria em turnos alternados (84,6%), com intervalos, por turno de trabalho, de 30 minutos para almoço e 10 minutos para situações emergenciais tais como idas ao banheiro, para lanches e ingestão de líquidos. O tempo disponível para a execução de um ciclo da jornada de trabalho é de 1h, assim, vale salientar que na ocorrência de atrasos para execução da rota, estes intervalos são reduzidos de acordo com o tempo de atraso, sendo em algumas situações sacrificados, pois os mesmos são controlados pelos fiscais de controle de rota, com pouca ou nenhuma participação do trabalhador. Todos os funcionários trabalham durante 6 dias da semana.

As situações imprevistas de atraso na rota de trabalho determinada, impossibilitam o intervalo de 10 minutos, o qual seria, em especial, para a ingestão de líquidos e ida ao banheiro. A freqüência deste evento reduz a possibilidade de ingestão de líquido que juntamente com a temperatura, a qual estão expostos, pode interferir diretamente na hidratação do profissional, podendo acarretar disfunções no seu metabolismo.

Isto possibilita o surgimento de patologias, como, por exemplo, problemas renais, considerando que a função principal dos rins é filtrar os produtos metabólicos de excreção e o excesso de sódio e de água do sangue, assim como facilitar a sua eliminação do organismo, este órgão corre o risco de ser afetado, em virtude da carência de líquidos e perda excessiva através do suor, interferindo no seu funcionamento natural.

A constante ocorrência destas situações facilita a possibilidade do surgimento de patologias relacionadas ao sistema genitourinário, pois múltiplos fatores atuando em conjunto num indivíduo suscetível, geralmente resulta na formação de cálculo renal, cujo pico de incidência ocorre entre os 20 e 40 anos e é três vezes mais comum em homens do que em mulheres. A imobilização por longos períodos de tempo, a perda excessiva de líquido através do suor, ambientes quentes, distúrbios metabólicos, assim como infecção urinária e urina estagnada, resultante de algum bloqueio do aparelho urinário (que pode promover a chance de cristais se agregarem e crescerem), são causas de cálculo renal (SMELTZER e BARE, 2002).

Os dados levantados durante a pesquisa, apresentaram um número considerável (15,8%) de motoristas com problemas e/ou sintomas de cálculo renal, sendo que outros 15,8% diziam-se sentir dores lombares, como explicita a tabela I, considerando que as dores podem ser indícios de futuros problemas renais, visto que Smeltzer e Bare (2002), cita que um dos principais sintomas de cálculo renal é uma forte dor lombar. Portanto, levando em consideração as características de execução das atividades do posto de trabalho e os relatos da população estudada, há a possibilidade de um percentual de 31,6% de profissionais acometidos desta patologia.

Fato este que requer uma prioridade nas políticas de ações ocupacionais das empresas deste setor para a melhoria das condições do posto de trabalho, principalmente relacionado a saúde, na execução desta atividade, concernente a questão do intervalo e um incentivo a melhor hidratação dos motoristas.

A tabela 1, mostra os problemas identificados e analisados  nesta pesquisa:

 

 

Tabela 1 – Ocorrência de doenças relatadas pelos moristas de ônibus. CRAJUBAR, 2007.

Item

Quantidade

Percentual

Cálculo Renal

6

15,8%

Dores Lombares

6

15,8%

Hemorróidas

4

10,5%

Problemas Circulatórios

2

5,3%

Sem eventos

20

52,6%

Total

38

100%

 

 

O motorista de ônibus desenvolve suas manobras num espaço de:

 

·  1m e 05cm - da cadeira ao painel

·  72 cm - da cadeira ao volante da direção

·  82 cm - da janela à esquerda ao câmbio de marcha (à direita do motorista)

·  89 cm - da janela à esquerda à caixa do motor (à direita do motorista)

·  1m e 56 cm - da posição sentada ao teto

·  Ônibus da marca: Mercedes

 

 

Todas as cadeiras deste tipo de ônibus possuem regulagem de altura e distância, como também, possuem amortecedores que propiciam melhor conforto, dimunindo a absorção das vibrações provenientes do veículo em movimento. Os motoristas com peso e estatura dentro de um padrão médio normal, não encontram dificuldades quanto ao conforto. Entretanto, que estejam fora deste padrão, pode encontrar dificuldades ergonômicas. Portanto, as empresas devem atentar para a adequação do posto de trabalho, de acordo com as características particulares de cada profissional. 

           Nascimento (2007) relata que logo no início de suas atividades, o motorista mantém uma postura adequada na poltrona (ereta) num ângulo de 90º, sendo que os membros inferiores trabalham coordenadamente durante as manobras de apertar e soltar o acelerador e a embreagem. Os movimentos realizados nos membros inferiores exigem uma total coordenação e dinamismo do motorista. São eles a semiflexão e semi-extensão dos joelhos, juntamente com o trabalho das articulações do pé tais como dorsi-flexão e flexão plantar na articulação talocrural do tornozelo, e, após um determinado tempo, começa-se a desenvolver no pé direito (que é usado no acelerador do veículo) uma semi inversão na articulação mediotárcica do mesmo. O membro superior direito trabalha em total coordenação com o membro inferior esquerdo durante os movimentos de mudanças de marcha. Estes  movimentos, inerentes a atividade, ocasionam nos profissionais desconforto e dormências nos membros inferiores e articulações, como verificado em pesquisa de campo, devido a exigências físicas, indo de encontro com as afirmações do autor acima citado.  

Os movimentos são acompanhados de olhares rápidos e precisos em direção aos retrovisores laterais e interno do ônibus, que objetivam o cuidado com os passageiros e o próprio veículo. Há neste estágio uma exigência mental (psíquica e cognitiva), relacionada a detecção, discriminação e tratamento da informação para a tomada de decisão e controle das ações, que são de extrema relevância para a atividade em questão. Estas exigências psicológicas e cognitivas levam a um cansaço mental e ‘stress’, que influem na possibilidades da ocorrência de erros, neste caso consideravelmante transtornante para o motorista, pois ele próprio arcar com as responsabilidades do acontecido, além de causar problemas no sistema nervoso, motivo de diminuição na sua capacidade produtiva.

 

 

 

Conclusão

 

As Lesões por Esforço Repetitivo - LER ou DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho  “podem surgir em qualquer ramo da atividade, desde que existam funções e postos de trabalho que exponham os trabalhadores a esforços repetitivos” (Cartilha CUT, 2007).  Como citado acima, os motoristas realizam vários movimetos repetitivos, que podem ocasionar LER/DORT. Com isso, as empresas devem incluir em sua política medidas preventivas relacionadas aos movimentos repetitivos, como por exemplo, incitar o profissional a exercitar os membros e músculos mais exigidos nas atividades com auxílio de um profissional, diminuindo as chances de serem acometidos por LER/DORT.

Quanto ao metabolismo, pode-se perceber que há disturbios referentes as características do ambiente, das jornadas de trabalho e das condições em que são desempenhadas as atividades. A baixa ingestão de líquidos, a ausência de ida ao banheiro e a temperatura do ambiente de trabalho são fatores que levam a possível incidência de problemas renais, como constatado na análise dos dados.

As situações vividas no trânsito, com vários eventos possíveis, exigem, psicológica e cognitivamente, dos profissionais atenção e monitoramento dos movimentos, fato este que demonstraram afetar o sistema nervoso quanto à pressão psicológica, nervosismo e stress do funcionário.

 

 

 

Referências

 

BRASIL, Ministério do Trabalho. Manuais de Legislação Atlas. Segurança e medicina do trabalho. 49 ed. Atlas: BRAGHIOROLLI, E. M. et al. Psicologia geral. 12 ed. Porto Alegre: Editora Vozes, 1990.

BOUYER, G. C.; COSTA, M. J. B. A pura experiência vivenciada no trabalho e o método fenomenológico em ergonomia. In Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP XXVI, 26, 2006, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Oficina das Letras Ltda., 2006, p.216.

COUTO, H. de A. Ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo, 1995. 

CUT. Cartilha LER/DORT. Disponível em << http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/ Docs/DocBank/er/er031.pdf >> Acesso em 15 de março de 2007.

FIALHO, F.; SANTOS, N.dos. Manual de análise ergonômica no trabalho. Curitiba: Gênesis, 1995.

IIDA, I. Ergonomia; Projeto e Produção. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1990.

NASCIMENTO, I. B. do. Evolução das condições ergonômicas no posto de trabalho do motorista de ônibus urbano. Dissertação de mestrado, Florianópolis. Disponível em.<< http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/14983.pdf >> Acesso em 10 de Fevereiro de 2007.

ROZESTRATEN, R. J. A. Ergonomia no trânsito. Disponível em << http://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/ppet/v1n1/v1n1a02.pdf>> Acesso em 15 de março de 2007.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner/Suddarth – Tratado de enfermagem medico – cirúrgico. 10 ed., Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan  S.A., 2002.

 

 

OBS: Para ter acesso ao artigo completo - pois algumas figuras foram suprimidas, contactar os autores, cujos e-mails encontram-se abaixo. 

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Sobre os autores:


 

1. Cézar Carlos Baltazar – Universidade Regional do Cariri – URCA

    E-mail: ccbaltazar@bol.com.br

 

2. Evanira Rodrigues Maia – Mestre em Sociologia e Doutoranda em Enfermagem pela

    Universidade Federal do Ceará. Professora da Universidade Federal do Ceará e

    Universidade Regional do Cariri. E-mail: evanira@bol.com.br;

 

3.     Francisca Jeane S. de Figueiredo – Mestre em Engenharia de Produção. Professora

Adjunta da Universidade Regional do Cariri – URCA.

 

4. Balbina Raquel de Brito Correia - Universidade Regional do Cariri – URCA

    E-mail: raquelbabi@bol.com.br

5.
Samuell Aquino Holanda - Universidade Regional do Cariri – URCA.

    E-mail: samuell182@gmail.com